No
dia de finados, nós umbandistas, louvamos a força e o poder do Orixá
Omulu/Obaluaê – senhor da doença, da morte e das transições do universo.
A
morte do corpo físico não é o fim da vida, entenda apenas como o fim de um
ciclo.
Após
o ato da morte física do ser encarnado, este será encaminhado para uma esfera
espiritual condizente com seus atos e vibração emocional acumuladas durante a
passagem no corpo físico.
No
plano físico, estamos numa esfera neutra ou mista, onde tudo se encontra e
misturam-se, sem distinção. Já no plano astral, os seres vivem em realidades
dimensionais pertinentes às suas condições emocionais e vibracionais, logo, se
o ser vibrar ódio, um lugar com seres odiosos será sua morada. Se vibrar o
amor, sua morada será um lugar agradável. Nós somos aquilo que criamos ao nosso
redor e a realidade que desenvolvemos é a que levamos além do pós morte.
Então,
nada se acabará com o fim da vida física, quando o corpo perece este é o fim de
uma etapa e o início de outra. Morremos para o mundo físico e renascemos para o
mundo espiritual. Assim, o contrário acontece quando reencarnamos: ”morremos”
para a vida no Plano Etérico (é o mundo onde se acham os espíritos
desencarnados) e nascemos para o plano físico.
Ninguém
fará nada por ninguém, cada qual com seu quinhão. No entanto, o beneficio da
reencarnação é a explicação do resgate dos débitos e aprendizado constante do
ser.
No
dia de finados, é fundamental que o umbandista, ao realizar o culto do dia,
vibre seus pensamentos nos seus antepassados:
1- Antepassados
consangüíneos, pedindo iluminação a todos, pois se algum tiver precisando de
ajuda e ainda não ter alcançado a luz, pode ser oportuno de acontecer neste
momento o seu resgate, e, aquele que já esteja esclarecido, então se sentirá
gratificado pelas vibrações de amor;
2- Antepassados
do nosso ritual - Nossos Guias e Protetores que também já tiveram vida em nosso
plano terrestre.
O
Orixá Omulu/Obaluaê é a Divindade do “Fim”, logo ele não está presente apenas
na tão temida morte física, gerando uma imagem temerosa em relação a esse
Orixá. Sua vibração se faz presente centenas de vezes durante nossa Vida, por
exemplo, o fim um relacionamento amoroso é o rompimento de cordões emocionais e
o fim de um ciclo de convivência entre duas pessoas. Neste momento de
finalização lá está presente a vibração desse Orixá para encaminhar os envolvidos
em seus caminhos individuais.
Sempre
em situações de rompimentos ou encerramentos de ciclos, é a vibração do Orixá
Omulu/Obaluaê que se faz presente na vida dos envolvidos.
A
Umbanda dirige-se a Deus através dos Orixás, Guias e Protetores que são espíritos
purificados: ALMAS esclarecidas e iluminadas.
Dia
de Finados: Origem Provável no Povo Celta
Para
os Celtas, dia 31 de outubro era o fim de um ciclo, de um ano produtivo, tempo
este que nesta região a colheita tinha acabo de se encerrar e de ser estocada,
especialmente para os meses frios e escuros do inverno neste período nesta
região.
Na celebração do fim de um ciclo (31 de outubro) e início do outro ciclo (1 de novembro),
acreditava-se que este seria o dia de maior proximidade entre os que estavam encarnados
e os desencarnados e nas festas, de muita alegria e comemoração por este fato
também, cada um levava algo como uma vela ou uma luminária que era feita em
gomos de bambu, a fim de se iluminar os dias de inverno que estariam por vir.
Alguns textos falam que nesses dias de festas, as luminárias eram feitas com
abóboras esvaziadas e esculpidas com o formato de cabeças, isto para indicar o
caminho àqueles que eles acreditavam serem visitados por seus parentes e
receber o perdão daqueles a quem eles haviam feito sofrer, além de ter o
significado de sabedoria pela humildade para saber pedir perdão e como prova de
vida além da vida.
Com
o domínio desses povos pelo Império Romano, rico em armas e estratégias de
guerras e conquistas e pobre em intelectualidade, as culturas foram se
misturando e expandindo com todo o Império, que mais tarde viria a ser - e o é
até hoje - a sede do Império Católico ou da Religião Católica, hoje fixada no
Estado do Vaticano, na área urbana de Roma, Itália.
Segundo
prega a tradição da Igreja Católica, o Dia dos fiéis defuntos, Dia dos mortos
ou Dia de finados é celebrado no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao dia de
Todos-os-Santos. Desde o século II, os cristãos rezavam pelos falecidos,
visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram.
A
história real nos mostra que o Dia de Finados só passou a ser um dia de dor e
lamúria após o advento dos culposos dogmas católicos, ao contrário das
filosofias reencarnacionistas que, não temendo a morte e entendendo esta como o
fim de um período transitório em retorno a vida verdadeira (espiritual), só tem
a celebrar e enviar boas emanações aos entes queridos que deixaram o corpo
carnal e continuam suas vidas verdadeiras, cada um na sua condição de elevação
espiritual.
Fonte: http://www.centroespiritaurubatan.com.br
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