Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Mediunidade



          O umbandista, devido ao tipo de sua mediunização, que é o fato do guia andar, manifestar trejeitos, sotaques, vestimentas, enfim, por ser uma manifestação espiritual carregada das personalidades das entidades que fumam cachimbo, charutos, cigarros de palha, deve rever e conhecer suas falhas emocionais e psicológicas, que interferem em sua mediunização. A prática mediúnica, nestes casos, poderá se tornar um grande problema que só se resolverá com intensa supervisão e orientação do Pai e da Mãe de terreiro e com humildade por parte do médium aprendiz, quando isto ocorre.

Quando o médium inicia seu desenvolvimento mediúnico é natural que o mesmo fique apaixonado e eufórico e muito envolvido nesta nova experiência existencial. É justamente este encantamento que vai motivá-lo para os desafios, da mediunidade, que aparecem neste momento. No entanto, é também uma fase em que muitos tentam apoiar-se em sua mediunidade para suprir suas deficiências emocionais, o que é natural em todo ser humano e quando isto não pode ser controlado pode se tornar um perigo eminente, pois o médium pode usar a mediunização como forma de auto valorização.

A vida do médium se divide em dois momentos: antes e depois da mediunidade. Acontece que este grande universo precisa ser vivido com coerência, humildade e um grande senso crítico, porque senão será uma avalanche de confusões e comportamentos nocivos.

Desta forma entendemos aqui o que è esta “euforia religiosa”, que nada mais é do que a entrega do médium no mundo espiritual e no mundo da mediunidade.

Vamos entender agora o que é o animismo: - quando o médium se pronuncia ao invés da espiritualidade, ou seja, age e pensa e fala como se fosse uma entidade, uma segunda pessoa (espírito) e manifesta isto como se fosse uma entidade.

Não é mistificação, esta atitude acima dita, que é usada com malícia, proposital, e o indivíduo fala como se fosse o espírito, mentirosamente com má intenção. Mas animismo acontece de forma silenciosa e muitas vezes não percebemos para aqueles que não aprenderam conceitos básicos da religião de Umbanda e da ação espiritual do médium, pois ele está tão envolvido e entregue às novas sensações que pode em um determinado momento acreditar que tudo em sua volta é uma experiência espírita-mediúnica.

Já nas primeiras sensações do Guia, o médium é orientado que intuições que virão. Acontece que é muito difícil distinguir intuição de pensamento próprio e não há uma fórmula a se ensinar.

Cabe ao Pai ou Mãe de terreiro estar atentos e também ao médium estar atento, para com a sua sensibilidade saber distinguir o que é intuição ou o que é impressão.

O médium começa a sentir as manifestações do Guia e quer se aproximar muito da Entidade, justificando que o Guia que intuiu, quer criar um elo de companheirismo, o que está certo, mas muitas vezes nesta intenção ele cria mentalmente necessidades desta entidade, ou seja, começa a providenciar uma série de “presentes”.

Por isso precisamos estudar e termos disciplina mediúnica. O médium que vem ao terreiro simplesmente para dar o passe, pode ser até um médium antigo, mas acaba por cair no animismo e da exploração de seu próprio corpo físico que agora está a mercê de entidades de baixa vibração, dando o nome de seu Preto Velho ou Caboclo, mas na realidade são entidades zombeteiras.

O médium acredita em tudo que ocorre em sua vida está a presença do Guia. Nos sonhos ele sempre fala que o guia vem lhe dar um recado e que as intuições e os pensamentos são provindos dos seus Guias. Ele começa a dar conselhos para os outros dizendo que “o seu Guia” mandou dizer, narra “sonhos reveladores”, e coisas desse tipo. Quando o médium fala para o outro: “fulano sonhei com você e você deve tomar cuidado...” Ou “meu Guia quer que você faça isso, isso e isso”.

Podem acontecer também “incorporações” fora de hora e de local. Tudo isto é uma carência psicológica e uma necessidade íntima, ou uma forma que o médium acha que conseguirá estreitar os laços da Entidade.

A mediunidade não está desenvolvida nunca, está sempre em desenvolvimento. Por isso é necessário sempre a humildade e a vontade de aprender. O que a casa mais teme é quando o médium acha que tudo sabe e se considera “pronto”. Estamos sim, prontos para aprender.

Vamos perguntar: como podemos discernir entre mediunização e animismo? Ou como podemos perceber quando se dá o animismo?

Estudo, responsabilidade mediúnica, seriedade ao trabalhar com suas entidades, aceitar os princípios básicos da religião de Umbanda.

Aceitar que os Guias estão e são ocupadíssimos e não estão à nossa disposição a todo e qualquer momento.

Aceitar que se estamos numa corrente e fizermos nosso trabalho direito, mal nenhum vai nos pegar.

Tomarmos os banhos de descarrego regularmente, conforme a entidade passar.

Estar em dia com as obrigações de nossas entidades.

Sermos honestos na nossa incorporação e em nossa vida.

Não querermos milagres de nossas entidades.

Agirmos com simplicidade.

E se ainda assim o médium alega que escuta o Guia, enxerga e sente o Guia o tempo todo e que este Guia faz tudo. Então, estamos lidando com um zombeteiro ou um obsessor que está se fazendo passar pelo Guia.

Mas se freqüentamos uma Casa séria e honesta isso é pouquíssimo provável que aconteça.

Quero deixar aqui um trecho de Chico Xavier:

“os espíritos amigos sempre mostram disposição de nos auxiliar. Mas é preciso que pelo menos lhes ofereçamos uma base... Muitos ficam na espectativa do socorro do alto, mas não querem nada com o esforço na renovação, querem que os espíritos se intrometam em suas vidas e resolvam seus problemas...

Ora, nem Jesus Cristo quendo veio a terra se propôs a resolver problema particular de alguém...
Ele se limitou a nos ensinar o caminho, que necessitamos palmilhar por nós mesmo”

Se ao ler ou ouvir este texto você pensa que não tem nada a ver com isto –preocupe-se...

Se ao ler ou ouvir este texto você pensou mais nas outras pessoas, preocupe-se mais ainda.

Se ao ler ou ouvir este texto você começou a se analisar, bom caminho...

Umbanda: Evolução, Coerência, Humildade e Amor


Por Mãe Maria – em 5/04/2010

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“Sofremos demasiado pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos…”

W. Shakespeare.

“Cultivar estados mentais positivos como a generosidade e a compaixão decididamente conduz a uma melhor saúde mental e à felicidade”

Dalai Lama.

Luz Crística

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O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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