Abaixo postei alguns textos do “livro dos médiuns” de Allan Kardec sobre o que,
nós umbandistas espíritas, e principalmente os
dirigentes de centros, deveríamos ler, estudar e meditar para libertar a Umbandada
ignorância, da falácia e das perturbações provocadas por encarnados e
desencarnados, iludidos com supostos procedimentos mentirosos adivinhatórios e
resolvedores de problemas materiais e mesquinhos, que aprisionam e viciam os
caminhantes encarnados à baixa vibração, e à estagnação moral e religiosa. Ao
que muitos acertadamente chamam de “baixo espiritismo”.
É uma verdadeira escravização de seres à busca
constante de uma paz e resolução de problemas, em suas vidas, que jamais
alcançam, pois a ignorãncia é a mãe da ilusão que, por sua vez, emana a
desilusão, fonte da inquietude, perturbação e desarmonia.
No Templo Espiritualista do Cruzeiro da Luz, que
se propõe a ser uma casa religiosa que ensina, orienta e ajuda os irmãos, que
nos procurem e queiram, na senda do evangelho e da doutrina raciocinada,
quantas vezes temos a tristeza de receber pessoas completamente desequilibradas
e perturbadas, buscando adivinhos e feiticeiros, perturbando o ambiente
religioso com palavras como essas:
- o guia tem que adivinhar o meu problema.
- o guia tem que ter mais luz para resolver e
adivinhar o que tenho.
- nas casas de Umbandaem que estive os guias
adivinham, e não ficam nesse blá, blá, blá de evangelho.
- isso aqui é mesmo umbanda? Nas casas em que vou
não tem esse negócio de palestra e cantorias.
- nunca vi guia de Umbandafalar de evangelho, eles
têm é que resolver os problemas.
- aqui demora muito, com preces, cantorias e
palestra. E as consultas?
- aqui só tem cantoria, nas casas em que conheço
você fala logo com o guia e vai embora, aqui vocês prendem a gente com tanta
cantoria e palavreado.
- quero falar com um guia forte, não com qualquer
um.
- esse guia presta?
- casa que não cobra consulta e trabalhos, não tem
força.
E por aí vai....!
Quer dizer, para essas pessoas, infelizmente
viciadas por supostas casas que se dizem umbandistas, o templo de Umbandatem
que ser o supermercado onde vai satisfazer suas necessidades e resolver seus
interesses mesquinhos e materiais. E, infelizmente, pasmem, isso é provocado
e mantido por centros chamados de umbanda! Esses centros estão mais preocupados
em encherem sua assistência de pessoas, que na verdade são clientes, não
importa como, satisfazendo o que cada uma delas exigem ou querem, desde que
freqüentem "a minha casa", e chamam isso, de forma deturpada, de
"caridade", esquecendo-se que a nossa missão não é a de agradar, mas
a de orientar, ensinar e curar, quer agrade ou quer desagrade. Esses centros
veêm nos outros centros verdadeiros competidores, daí se ouvir coisas feitas e
ditas contra as outras casas umbandistas que até Deus duvida!
Não, o Rruzeiro da Luz não é uma casa de consulta,
não é um super-mercado de ilusões. No cruzeiro da luz, o seu dirigente e os
seus médiuns, são pessoas ocupadas, resolvidas consigo mesmos e com suas vidas,
que não têm tempo a perder com abobrinhas, e que lá estão, de forma
sacrificial, não para preencher suas carências ou outras necessidades
quaisquer, senão a de, unidos a jesus, juntar-se aos guias e mentores de luz
para aliviar sofrimentos e apontar o caminho da verdadeira libertação, pela
reforma íntima.
Como diz ramatis, não existe outro remédio capaz
de curar as dores dos seres sofredores senão a “evangelhoterapia”. E, como podemos comprovar nos
textos abaixo, os bons espíritos não vêm a
nós para serem nossos adivinhos e feiticeiros, mas para nos ensinar o caminho
da libertação espiritual, fonte de paz e alegria interior.
O resto é trabalho sujo e aprisonador das sombras.
Se os sacerdotes, dirigentes de centros, não se
abrem para a realidade de que não existe solução para as mazelas de sofrimento
e dor senão na reforma interior, íntima, nos caminhos do evangelho de jesus, a Umbandaserá
mistificada, como já o é, produzindo pessoas desajustadas, ignorantes e
perturbadas pelas falácias e ilusões de uma ação espiritual advinhatória e
mágica e terminam desiludidas nas teias do neopentecostalismo fanático.
Sem a ciência, a religião se torna um conjunto de
crendices e superstições aonde se amontoam espíritos sombrios que se afinizam
com tal.
Não adianta se falar em ogum, festejá-lo e etc, se
não se quer ouvir os seus clarins conclamando os umbandistas à vivência da lei,
lei de deus, lei do conhecimento, lei do equilíbrio, lei que nos aponta, pela
espada sagrada, o caminho em direção à luz.
A Umbanda não é espetáculo, o templo umbandista
não é casa de festas ou clube de amigos, muito menos é casa de adivinhação e
consulta. É uma igreja, casa religiosa, onde os médiuns(sacerdotes) e guias
(amigos do plano espiritual) se juntam para um trabalho crístico, ou seja,
evangelizador. Se eles atendem os irmãos sofridos para um diálogo fraterno é no
sentido de aconselhar e orientar. Por isso no Cruzeiro da Luz chamamos de
aconselhamento e nunca de consulta, pois a palavra consulta pressupõe trabalho
profissional e remunerado.
O surgimento da Umbanda no Brasil tem suas raizes
na proposta idealizadora do caboclo das sete encruzilhadas que assim se
exprimiu: “venho
fundar uma nova religião cuja base é o evangelho e
o mentor maior, o cristo”.
Para mim, aí está a realidade profunda da mensagem
da religião umbandista. O resto é frivolidades, festas, superstições e
crendices sem bases racionais e vivenciadas.
Nós, os sacerdotes dirigentes e presidentes de
templos umbandistas, temos o dever de abrir os olhos para essas coisas, pois
seremos reponsabilizados pela espiritualidade superior por tantas e tantas
pessoas que freqüentem os templos e sejam induzidas ao erro, à superstição, à
crendice.
Acredito, na minha humilde opinião, que as
federações e congregações umbandistas, em vez de alimentarem essas fantasias e
ignorâncias com festinhas e eventos, que sempre terminam em brigas e rixas dos
senhores doutos da ignorancia e das historias de carochinhas, deveriam fazer um
trabalho doutrinador e esclarecedor sério, com os templos de Umbanda e seus
dirigentes, quer agrade, quer desagrade, como diz paulo, o apóstolo,
lembrando-se da afirmação do dr. Bezerra de Menezes:” se falam de
você, se jogam pedra em seu trabalho, é porque voçê desagradou aos maus, pois os
bons jamais destroem”.
Não podemos abrir templos umbandistas para agradar
a a, b, ou c, que buscam
apenas preencher seus vazios, na cegueira da busca de soluções mágicas e,
portanto, mentirosas, de suas mesquinhas necessidades materiais e emocionais.
Lembremos que “a Umbanda não
faz milagres, faz caridade”, e que ela, “a Umbanda é coisa séria para gente
séria”.
Como dizia Jesus “quem tem ouvidos de ouvir, que
ouça”.
Infelizmente muita gente tem ouvidos, mas não
escutam, porque não têm interesse em escutar e buscam acreditar naquilo que
lhes interessa, não naquilo que é a verdade e a lei da vida, e “conhecereis a verdade
e ela vos libertará”,
diz o mestre Jesus.
Sei que para alguns minhas palavras vão soar como
ofensa, orgulho ou outras coisas mais. Desde já peço perdão a esses irmãos. Não
é a minha intensão. A intensão dessas palavras é falar àqueles que tenham a
mesma forma de pensar, para que nos unamos num trabalho sério em prol da
propagação e vivência da Umbanda como instrumento de religação com Deus,
através de uma fé raciocinada e ascensional.
Abraços fraternos
Por Pai Valdo
Livro dos Médiuns – Allan Kardec
e espíritos superiores
336. Não esqueçamos que o espiritismo tem inimigos
interessados em obstar-lhe a marcha, aos quais seus triunfos causam despeito,
não sendo os mais perigosos os que o atacam abertamente, porém os que agem na
sombra, os que o acariciam com uma das mãos e o dilaceram com a outra. Esses seres
malfazejos se insinuam onde quer que podem fazer mal. Como sabem que a união é
uma força, tratam de a destruir,agitando bordões de discórdia.
Quem, desde então, pode afirmar que os que, nas
reuniões, semeiam a perturbação e a cizânia não sejam agentes provocadores,
interessados na desordem? Sem dúvida alguma, não são espíritas verdadeiros, nem
bons; jamais farão o bem e podem fazer muito mal. Ora, compreende-se que
infinitamente mais facilidade encontram eles de se insinuarem nas reuniões
numerosas, do que nos núcleos pequenos, onde todos se conhecem. Graças a surdos
manejos, que passam despercebidos, espalham a dúvida, a desconfiança e a
desafeição; sob a aparência de interesse hipócrita pela causa, tudo criticam,
formam conciliábulos e corrilhos que rompem a harmonia do conjunto; é o que
querem.
Em se tratando de gente dessa espécie, apelar para
os sentimentos de caridade e fraternidade é falar a surdos voluntários,
porquanto o objetivo de tais criaturas é precisamente aniquilar esses
sentimentos, que constituem os maiores obstáculos opostos a seus manejos. Semelhante
estado de coisas, desagradável em todas as sociedades, ainda mais o é nas
associações espíritas, porque, se não ocasiona um rompimento gera uma
preocupação incompatível com o recolhimento e a atenção.
306. Médiuns interesseiros não são apenas os que
porventura exijam uma retribuição fixa; o interesse nem sempre se traduz pela
esperança de um ganho material, mas também pelas ambições de toda sorte, sobre
as quais se fundem esperanças pessoais. E esse um dos defeitos de que os
espíritos zombeteiros sabem muito bem tirar partido e de que se aproveitam com
uma habilidade, uma astúcia verdadeiramente notáveis, embalando com falaciosas
ilusões os que, desse modo, se colocam sob a sua dependência.
Em resumo, a mediunidade é uma faculdade concedida
para o bem e os bons espíritos se afastam de quem pretenda fazer dela um degrau
para chegar ao que quer que seja que não corresponda às vistas da providência. O
egoísmo é a chaga da sociedade; os bons espíritos a combatem; a ninguém,
portanto, assiste o direito de supor que eles o venham servir. Isto é tão
racional, que inútil fora insistir mais sobre este ponto.
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303..."os espíritos vos vêm instruir e guiar
no caminho do bem e não no das honras e das riquezas, nem vêm para atender às
vossas paixões mesquinhas. Se nunca lhes pedissem nada de fútil, ou que esteja
fora de suas atribuições, nenhum ascendente encontrariam jamais os enganadores;
donde deveis concluir que aquele que é mistificado só o é porque o merece.
"o papel dos espíritos não consiste em vos
informar sobre as coisas desse mundo, mas em vos guiar com segurança no que vos
possa ser útil para o outro mundo.
Quando vos falam do que a esse concerne, é que o
julgam necessário, porém não porque o peçais. Se vedes nos espíritos os
substitutos dos adivinhos e dos feiticeiros, então é certo que sereis
enganados.
"se os homens não tivessem mais do que se
dirigirem aos espíritos para tudo saberem, estariam privados do livre-arbítrio
e fora do caminho traçado por deus à humanidade. O homem deve agir por si
mesmo. Deus não manda os espíritos para que lhes preparem a estrada material da
vida, mas para que lhe preparem a do futuro."
a) porém, há pessoas que nada perguntam e que são
indignamente enganadas por espíritos que vêm espontaneamente, sem serem
chamados.
"elas nada perguntam, mas se comprazem em
ouvir, o que dá no mesmo. Se acolhessem com reserva e desconfiança tudo o que
se afasta do objetivo essencial do espiritismo, os espíritos levianos não as tomariam
tão facilmente para joguete."
Fonte: http://www.cabanarompemato.net
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