Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ramificações da Umbanda - Umbanda Cristã



Trecho extraído do livro: "O Culto do Rosário das Santas Almas" - autoria: Pai Juruá
Vamos agora elucidar sobre essa questão delicada e necessária, pois o leigo fica confuso com tantos tipos de rituais, liturgias e doutrinas, todas usando a denominação “Umbanda”.
Para quem não conhece a fundo, isso torna-se estranho e acabam por dizerem: Você pratica a Umbanda Branca? Você pratica Quimbanda? No seu terreiro tem despacho? No seu terreiro tem tambor? Então, para dirimir essas dúvidas, vamos sucintamente esclarecer os vários “tipos” de Umbanda (ramificações) existentes em solo brasileiro, para que cada um possa agora entender e respeitar as práticas das mais variadas umbandas existentes.
Desde a sua iniciação, a Umbanda tem sofrido modificações em seu modo de ser e operar. Dessas modificações, cada um deu uma roupagem e nomenclatura própria para se situarem perante a comunidade. Cremos que tudo isso não se deu pelo simples fato de cada um querer impor a sua verdade, mas simplesmente estavam realizando aquilo que suas mentes achavam estar correto. Cada um, com certeza deu tudo de si, para o que estava fazendo frutificasse, e no fim, todos estavam envidando esforços para praticarem o que entendiam como religião de Umbanda.
Hoje temos várias ramificações da Umbanda que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e algumas que absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e fé. Alguns exemplos dessas ramificações são:
Antes de Zélio de Morais, o que existia era conhecido como “Macumba dos morros cariocas”; onde podemos encontrar uma forte influência de práticas do Catimbó, bem como da magia africana praticada por alguns, pois o Candomblé estruturado surgiu no Rio de Janeiro somente na década de 1930. Ainda não se conhecia a termo “Umbanda”. João do Rio, em sua obra “Religiões do Rio” de 1904, não citou em nenhum momento o nome Umbanda.
• Umbanda Tradicional – Oriunda do Caboclo das Sete Encruzilhadas manifestado no médium Zélio Fernandino de Moraes que lançou as bases da Religião de Umbanda, com doutrina baseada na caridade cristã sem fins pecuniários e na doutrina dos Evangelhos. Não tinha sujeição a Orixás. Todas as outras ramificações guardam vínculos com a Umbanda Tradicional. A Umbanda Cristã é que guarda o vínculo mais forte com a Umbanda Tradicional.
• Umbanda de Mesa ou Umbanda Branca (ou de Linha Branca) ou Umbanda de Cáritas (“Cárita” – (latim): Caridade. Como Cáritas está no plural: caridades. “Cárites” – (grego): Graça) – De expressiva influência da chamada “doutrina Kardecista” ou seja, do espiritismo codificado por Allan Kardec. Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos africanos (Orixás), nem o trabalho dos Guardiões, ou a utilização de elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinaria se prende mais ao trabalho de Guias como Caboclos, Pretos Velhos e Crianças.
• Umbanda Omolokô (também conhecida de Umbanda de Almas e Angola) – Iniciada pelo Tatá Trancredo da Silva, onde encontramos um misto entre os cultos africanos e o trabalho direcionado dos Guias Espirituais, sendo mais comum aos estados da região sul do Brasil. Faz uso de camarinhas, ebós, raspagens e catulagem.
• Umbanda Traçada, Mista, Cruzada ou Umbandomblé – Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote ora vira para a Umbanda, ora vira para o Candomblé em sessões diferenciadas. Não é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários diferentes.
• Umbanda Esotérica – É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o Wilson Woodron da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: “Conjunto de Leis Divinas”. Apregoam que a Umbanda é milenar, e possuem um código doutrinário próprio, com rituais, liturgias e sacramentos particulares.
• Umbanda Iniciática – É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada por Francisco Rivas Neto (Mestre Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Aumbhandan, o Ponto de Convergência e Síntese. Também possuem um código doutrinário próprio, com rituais, liturgias e sacramentos particulares.
• Umbanda Sagrada – Iniciada por Rubens Saraceni. É calcada em doutrina própria, dando ênfase a práticas de magias.
• Umbanda de Caboclo – Influência da cultura indígena brasileira com seu foco principal nos Guias Espirituais conhecidos como "Caboclos".
• Umbanda de Pretos Velhos – Influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos Pretos-Velhos.
• Umbanda Popular – Tem forte influência do Candomblé do Catimbó, do sincretismo e suas práticas. Faz uso indiscriminado de oferendas, despachos, bebidas alcoólicas. Sem cunho e estudo doutrinário próprio. Largo uso de roupagens coloridas, atabaques, adereços, danças e festas (internas e externas).
• Umbandaime – Mesmas características da Umbanda Popular, com grande influência das práticas do Santo Daime.
• Umbanda Racional – Iniciada por Ângelo Gomes de Oliveira, que procurou esclarecer a doutrina e liturgia umbandistas. Tem influência da Umbanda popular e esotérica. Deixamos em separado um último segmento (Umbanda Cristã), pois é o seguido pela nossa casa, o “Templo da Estrela Azul – Casa de Oração e Escola Cristã Umbandista – fundado em 1937”. Muitos poderão se sentir incomodados por nos pautarmos tanto no Evangelho de Jesus, procurando seguir fielmente Seus ensinamentos, bem como também, aceitarmos práticas cristãs em nossa liturgia. Com isso não estamos desmerecendo ou mesmo criticando ninguém e nem seu Culto, mas achamos por bem esclarecer, para que todos possam se situar, e assim poder claramente entender o que é a Umbanda Cristã. Só podemos dizer que os Guias Espirituais militantes em todas as denominações umbandistas, lá estão por afinidade, e realizam um trabalho caritativo dentro da realidade deles (rituais, oferendas, etc.) em conjunto com a mente e a aceitação dos profitentes. A Umbanda Cristã guarda um vínculo muito forte e íntimo com a doutrina da Umbanda preconizada pelo Sr Caboclo das Sete Encruzilhadas. São palavras textuais de Zélio Fernandino de Moraes:
• O Caboclo das Sete Encruzilhadas nunca determinou o sacrifício de aves e animais, quer para homenagear entidades, quer para fortificar a minha mediunidade.
• O Caboclo das Sete Encruzilhadas não admitia atabaques e nem mesmo palmas nas sessões. Apenas os cânticos, muito firmes e ritmados, para a incorporação dos Guias e a manutenção da corrente vibratória.• Capacetes, espadas, adornos, vestimentas de cores, rendas e lamês não são aceitos nos Templos que seguem a sua orientação. O uniforme é branco, de tecido simples.
• As guias usadas são apenas as que determinam a entidade que se manifesta. Não é a quantidade de guias o que dá força ao médium.
• Os banhos de ervas, os amacis, as concentrações nos ambientes da Natureza, a par do ensinamento doutrinário, na base do Evangelho, constituem os principais elementos de preparação do médium. E são severos os testes que levam a considerar o médium apto a cumprir a sua missão mediúnica.Aqui, daremos somente uma breve pincelada do que seria a Umbanda Cristã; em outra obra, esmiuçaremos pormenorizadamente sua base doutrinária.Base doutrinária da Umbanda Cristã:
• Umbanda praticada sem atabaques (embora algumas casas umbandistas cristãs ainda fazem uso de atabaques, por influência da Umbanda popular), sem roupagens coloridas ou qualquer tipo de adereços externos (cocares, chapéus, coroas, fitas, arcos, tacapes, tridentes, etc.• Abomina a matança de animais.
• Toda calcada no Evangelho de Jesus Cristo, Reforma Íntima, Descarregos (desobsessão) e na prática caritativa sem fins pecuniários.
• Os pontos cantados, em sua maioria, são entoados em forma de hinos, de viva voz. Os pontos cantados de raiz, pontos de força ou pontos de poder são efetuados com acompanhamento de maracás. Os pontos de louvação, Cultos, perdão, amor, etc., são efetuados através de arranjos musicais.
• Aceita os Sagrados Orixás, não como deuses, mas sim como denominações humanas para os Poderes Reinantes do Divino Criador, a própria Natureza em si.
• Atua com as linhas de trabalho com: Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, Ciganos, Linha do Oriente e Guardiões; e com as Correntes de manifestação com: Sereias, Caboclos Quimbandeiros, dos Semiromba, das Sakáangá e das Yaras Mirins.• Restringe o uso indiscriminado de oferendas e despachos.
• Faz largo uso de orações, rezas, defumações, cachimbos, amacis e banhos em sua liturgia.
• Promove concentrações nos sítios vibratórios da Natureza, para captação de energias sublimes.
• Dá ênfase ao estudo e desenvolvimento doutrinário.Obs.: Linhas de trabalho são as que se manifestam mediunicamente, trabalhando em atendimentos particulares. Correntes de manifestação são as que não procedem a atendimentos particulares. Existem muitas outras formas de vivenciar a Umbanda e todas se forem vivenciadas do amor, com amor e por amor serão legítimas. Muitas outras formas existem, mas não têm uma denominação apropriada. Se diferenciam das outras formas de Umbanda por diversos aspectos peculiares, mas que ainda não foram classificadas com um adjetivo apropriado para ser colocado depois da palavra Umbanda.Por isso, é infrutífero e estéril qualquer tipo de discussão sobre quem pratica a “verdadeira Umbanda”. É bom cada um se situar na ramificação seguida, e procurar fazer o melhor possível, pois a Espiritualidade Maior não acoberta erros. Veja, estude e pratique a que a sua ramificação ensina, mas, não critique o que a outra aceita como doutrina, liturgia ou rituais. Nós praticamos e ensinamos a Umbanda Cristã.

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