Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

domingo, 21 de novembro de 2010

Estudo Sobre Reencarnação - Parte 2


O BUDISMO E A REENCARNAÇÃO
por Michael Beisert

1. O Budismo acredita na reencarnação?
O Budismo não ensina a reencarnação, o Budismo acredita no renascimento.

2. Qual é a diferença entre reencarnação e renascimento?
A reencarnação é a idéia da existência de um espírito separado do corpo; com a morte do corpo esse mesmo espírito reassume uma outra forma material e segue evoluindo. O renascimento na concepção Budista não é a transmigração de um espírito, de uma identidade substancial, mas a continuidade de um processo, um fluxo do devir, no qual vidas sucessivas estão conectadas umas às outras através de causas e condições. Esse processo ou fluxo não ocorre apenas com a morte mas está presente constantemente nas nossas vidas. Nós estamos em constante mudança, com cada momento nas nossas vidas surgindo na dependência do momento anterior, que deixou de existir. É um pouco parecido com a correnteza de um rio, a correnteza fluindo continuamente sem cessar. Não é possível entrar no mesmo rio duas vezes.
Podemos ilustrar o renascimento com um símile, é como se a chama de uma vela fosse empregada para acender uma outra vela e nesse processo a primeira vela fosse apagada. A chama da segunda vela surgiu na dependência da primeira vela, ou seja, tem uma conexão com ela, mas a chama da segunda vela não é idêntica à primeira. Então, as duas chamas possuem uma ligação mas não são idênticas.

3. De onde então vem o homem e para onde ele está indo?
Há três respostas possíveis para esta questão. Aqueles que acreditam na existência de um Deus, em geral, postulam que antes da criação de um ser ele não existe, ele passa a existir pela vontade do Deus criador. De acordo com o seu modo de vida, o seu destino será o paraíso ou o inferno eternos. Há outros, humanistas e cientistas, que postulam que um ser surge através da concepção baseada em causas naturais, nasce, e depois de viver algum tempo, morre deixando de existir por completo.
O Budismo não adota nenhuma dessas explicações. A primeira dá origem a uma série de questões de ordem ética. É difícil explicar, se somos realmente criados por um Deus, porque tantos seres nascem com deformidades terríveis ou porque tantos fetos abortam por causas naturais ou são natimortos. Também parece um tanto injusto que alguém esteja destinado ao sofrimento eterno no inferno ou à felicidade eterna no paraíso tendo vivido apenas 60, 70 ou 80 anos. A segunda explicação é um pouco melhor do que a primeira e está mais baseada em evidências científicas, mas ainda assim deixa muitas questões sem resposta. Como é possível que um fenômeno tão incrível como a consciência possa se desenvolver do simples encontro entre o esperma e o óvulo? E agora que muitos fenômenos paranormais são reconhecidos como ramos da ciência, fenômenos como a telepatia são cada vez mais difíceis de se encaixar num modelo puramente materialista.
Para o Budismo, com a morte, a consciência com todas as suas tendências, preferências, habilidades e características que foram desenvolvidas e condicionadas nesta vida, se re-estabelece no zigoto. Dessa maneira, o ser cresce, nasce e desenvolve uma personalidade condicionada pelas características que foram trazidas da vida passada e pelo novo ambiente, além de outros fatores condicionantes como a hereditariedade, etc. Essa personalidade está sujeita a mudança e será modificada através do esforço consciente por fatores condicionantes tais como a educação, a influência dos pais e da sociedade, etc. Outra vez, com a morte, essa consciência irá se re-estabelecer num novo zigoto.
Esse processo de renascimento irá continuar até que as condições que o causarem persistam. Quando essas condições deixarem de existir, ao invés de renascer, a consciência alcançará um estado que é chamado nirvana, e esse é o objetivo último no Budismo.

4. Como a consciência migra de um corpo para outro?
Imagine as ondas de rádio. As ondas de rádio não são compostas de palavras ou notas musicais mas de energia em distintas freqüências que são transmitidas através do espaço e atraídas e capturadas por um receptor no qual se manifestam como palavras e música. Algo similar ocorre com a consciência. Ao morrer, a energia mental cruza o espaço e se une ao esperma e o óvulo para formar o novo ser. O zigoto e a consciência se desenvolvem através de uma relação de mútua dependência e influência.
5. Os seres humanos sempre renascem como seres humanos?
Não. De acordo com o Budismo há vários planos de existência nos quais ocorre o renascimento. Alguns seres renascem no paraíso celestial, alguns no inferno e assim por diante. O paraíso celestial ou o inferno não são propriamente lugares mas estados de existência onde a mente experimenta respectivamente principalmente prazer ou dor. A vida nesses planos no entanto é temporária e depois disso haverá um novo renascimento que poderá muito bem ocorrer entre os seres humanos. Então, a principal diferença entre o plano humano e os outros planos é a qualidade da experiência mental.

6. Qual o fator que decide onde um ser irá renascer?
O fator mais importante que condiciona o renascimento é karma.
Karma quer dizer ação baseada na intenção e se refere ao conjunto de ações com a mente, corpo e linguagem que constituem no seu conjunto a bagagem que carregamos conosco.
Essas ações geram consequências que são os frutos do karma. Os frutos do karma influenciam tanto a nossa experiência do mundo como o processo de renascimento por ocasião da morte.
7. Mas o que exatamente é karma?
Karma é uma palavra em Sânscrito, (Kamma em Pali), que quer dizer ação baseada na intenção e essa intenção inclui volição, escolha e decisão, o ímpeto mental que conduz à ação. A intenção é aquilo que incita e dirige todas as ações humanas, ambas, criativas e destrutivas e por isso é a essência de karma.
Intenção no contexto Budista tem um significado muito mais sutil do que o uso mais geral dessa palavra. Em geral tendemos a usá-la quando queremos proporcionar um elo de ligação entre o pensamento interno e as suas ações externas resultantes. Por exemplo, podemos dizer, “Eu não tinha intenção de fazer isso,” “Eu não tinha intenção de dizer isso” ou “Ela fez isso de forma intencional.”
Mas, de acordo com os ensinamentos Budistas, todas as ações e linguagem, todos os pensamentos, não importa quão fugazes sejam, e as respostas da mente a sensações recebidas através dos órgãos dos sentidos contêm elementos de intenção. Assim, a intenção é a escolha volitiva feita pela mente em relação aos objetos para os quais a atenção é dirigida; é o fator que conduz a mente a se inclinar ou a repelir os vários objetos da atenção, ou de prosseguir em uma certa direção; é o que guia ou governa como a mente responde aos estímulos; é a força que planeja e organiza os movimentos da mente e no final das contas é aquilo que determina os estados experimentados pela mente.
Karma opera no universo como uma cadeia contínua de causa e efeito. Essa cadeia não está só confinada à causação no sentido físico, mas também tem implicações éticas e morais. “Boas ações trazem bons resultados, más ações trazem maus resultados”, é um dito comum. Nesse sentido karma é uma lei moral.
Os seres humanos estão constantemente emitindo energia física e mental em todas as direções. Na física aprendemos que não há perda de energia, ela só muda de forma. Essa é a chamada lei da conservação de energia. Do mesmo modo, a energia mental nunca é perdida. Ela é transformada. Portanto, karma é a lei da conservação da energia moral.
Através das ações com a mente, corpo e linguagem os seres estão emitindo energia para o universo, e em contrapartida, eles são afetados pelas influências que fluem na sua direção. Os seres portanto, enviam e recebem todas essas influências, encontrando-se num estado de interdependência.
O Karma não deve ser confundido com destino, fatalidade. Destino transmite a idéia de que a vida de alguém foi planejada de antemão por algum poder externo e que a pessoa não tem controle sobre o desenrolar dos eventos na sua vida.
Nesse sentido é importante observar que karma através dos seus frutos é um fator que influencia o futuro e não que determina o futuro, pois a cada momento os seres têm a oportunidade de agir no sentido de reforçar os frutos do karma ou de minimizá-los. Isso ocorre porque no Budismo karma não é visto de uma forma absolutamente linear. Há um processo linear em operação através do qual experimentamos no presente os frutos de ações passadas mas também há um processo sincrônico no qual o presente é influenciado pelo fruto das ações no presente. Dessa forma o Budismo reconhece que há um certo espaço para o exercício do livre arbítrio.
Qualquer ação desprovida de intenção não tem impacto na lei de karma. Por exemplo, um barranco desmoronando, uma pedra caindo de uma montanha, ou um galho morto caindo de uma árvore, não faz parte do escopo da lei de karma, mas de alguma outra lei da natureza.

Extraído do site www.acessoaoinsight.net

Um comentário:

  1. Maravilha, tudo de bom,tudo isso é muita riqueza de conhecimentos que contribuem para a nossa evolução espiritual.

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