Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Mentores Espirituais


Muitas vezes nos perguntamos: Quem são estes seres espirituais também chamados de anjos da guarda, protetores ou guias que, ao nosso lado, se comprometem em missão a ajudar-nos na caminhada da existência?

Seriam seres iluminados, espíritos que atingiram a perfeição e que nos acompanham para mostrar-nos o caminho a seguir?

Entre o mito criado pela influência das religiões no imaginário popular e a verdadeira condição evolutiva destes seres, existe, conforme orienta o Espiritismo, uma considerável diferença como veremos a seguir.

Nas obras do inesquecível Chico Xavier: "Missionários da Luz" pelo espírito André Luiz, e "O Consolador" pelo espírito Emmanuel, encontramos significativo conteúdo de pesquisa que pode trazer-nos a necessária luz do conhecimento, dissipando dúvidas e possíveis confusões a respeito da existência destes amigos da outra dimensão.

Em "missionários da Luz", André Luiz informa-nos que "com todo o apreço que devemos aos mentores espirituais, é preciso considerar que são vanguardeiros do progresso, sem serem seres infalíveis. 

São grandes almas em abençoado progresso de sublimação, credores de nossa reverência pelo grau de elevação que já conquistaram, contudo são espíritos ainda ligados à humanidade terrena e em cujo seio se corporificarão, de novo, no futuro, através da reencarnação para o desempenho de preciosas tarefas.

Não são luminares isentos de errar. Não podemos exigir deles qualidades que somente transparecem dos espíritos que já atingiram a sublimação absoluta.

São altos expoentes de fraternidade e conhecimento superior, porém, guardam ainda consigo probabilidades naturais de desacerto.

Primam pela boa vontade, pela cultura e pelo próprio sacrifício no auxílio incessante aos companheiros reencarnados, mas podem ser vítimas de equívocos, que se apressam, contudo, a corrigir, sem a vaidade que, em muitas circunstâncias prejudica os doutos da Terra.

Compreendem que algo sabem, mas esse algo é muito pouco daquilo que lhe compete saber. Entregando-se, desse modo, a preciosas cruzadas de serviço e, dentro delas, ajudam e aprendem. Auxiliam e são auxiliados. Não poderia ser de outro modo. 

Sabemos que o milagre não existe como revogação de leis da natureza. Somos irmãos uns dos outros, envolvendo juntos, em processo de interdependência, do qual se destaca o esforço individual".

Sobre a ajuda das entidades espirituais e o sofrimento, André Luiz lembra, através da psicografia de Chico Xavier, "que o esforço é educativo e não podemos desconsiderar que a dor instrui e ajuda a transformar o homem para o bem, no entanto, há pessoas que procuram o sofrimento, a perturbação, o desequilíbrio, e é razoável que sejam punidas pelas consequências de seus próprios atos. 

Quando encontramos enfermos dessa condição, salvamo-los dos fluídos deletérios dez vezes consecutivas à título de benemerência espiritual. 

Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito para os interessados que nos procuram, temos instruções superiores para entregá-los a sua própria obra, a fim de que aprendam consigo mesmos. Poderemos aliviá-los, mas nunca libertá-los".

Em "O Consolador", Emmanuel esclarece-nos que a "coloboração dos guias espirituais na nossa iluminação pessoal apenas se verifica como no caso dos irmãos mais velhos, ou dos amigos mais idosos nas experiências do mundo. 

Os mentores do além poderão apontar-nos os resultados dos seus próprios esforços na terra, ou , então, aclarar os ensinos que o homem já recebeu através da misericórdia do Cristo e da benevolência de seus enviados, mas em hipótese alguma poderão afastar a alma encarnada do trabalho que lhe compete, na curta permanência das lições do mundo.

Além disso, os amigos espirituais não se encontram em estado beatifico. Suas atividades e deveres são maiores que os vossos. Seus problemas novos são inúmeros e cada espírito deve buscar em si mesmo a luz necessária à visão acertada do caminho.

Trabalhai sempre. Essa é a lei para vós outros e para nós que já nos afastamos do âmbito limitado do círculo carnal. Esforcemo-nos constantemente. 

A palavra do guia é agradável e amiga, mas o trabalho de iluminação pertence a cada um. Na solução dos nossos problemas, nunca esperemos pelos outros, porque, de pensamento voltado para a fonte de sabedoria e misericórdia, que é Deus, não nos faltará, em tempo algum, a divina inspiração de sua bondade infinita".

Em relação ao livre arbítrio, Emmanuel registra "que é oculta a ação dos espíritos sobre a nossa existência, e quando nos protegem, não o fazem de modo ostensivo.

Se vos fosse dado contar sempre com a ação deles, não trabalhareis por vós mesmos e o vosso espírito não progrediria. A ação dos espíritos que vos querem bem é sempre regulada pela maneira que não vos tolha o livre arbítrio".

E André Luiz complementa, dissipando dúvidas que ainda possam restar: "Dentro das leis da cooperação, será justo aceitar o braço amigo que se nos oferece para a jornada salvadora, entretanto, é imprescindível não esquecer que cada qual de nós transporta consigo questões essenciais e necessidades intransferíveis. 

Desencarnados e encarnados, todos partilhamos extenso campo de experimentações e de provas, condizentes com o nosso crescimento para a imortalidade".

Ao finalizarmos esta breve pesquisa, que como já frisamos tem a finalidade de esclarecer a respeito da finalidade da missão do mentor espiritual entre nós, aproveitamos, a titulo de informação, para destacar a lei de causa e efeito no artigo "Regressão de memória sob a ótica da doutrina espírita", autoria de Cleusa M. F. C. de Paiva, fonte: www.samaritanos.com.br, onde a autora registra com muita lucidez o aspecto da dívida a ser resgatada pelo devedor encarnado: "O fato de sabermos quem fomos. 

Onde e quando contraímos determinados conflitos, não os fará cessar. Se o conflito está em nós é porque somos devedores. 

É o efeito de um mau ato, é preciso fazer algo de proveitoso para lhe anularmos o efeito negativo. Talvez a terapia liberte do trauma, mas não da dívida, que deve ser resgatada pela ação positiva, pela ação do bem, pela nossa transformação..."

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Denis Sant’Ana .’. \|/ سلام

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