O planeta em que
vivemos e todos os mundos dos planos materiais se mantêm vivos através do
equilíbrio entre as energias da natureza.
A harmonia planetária só é possível devido a um intrincado e imenso jogo
energético entre os elementos químicos que constituem estes mundos e entre cada
um dos seres vivos que habitam estes planetas.
Um dado
característico do exercício da religião de Umbanda é o uso, como fonte de
trabalho, destas energias. Vivendo no planeta Terra, o homem convive com Leis
desde sua origem e evolução, Leis que mantêm a vitalidade, a criação e a
transformação, dados essenciais à vida como a vemos desenvolver-se a cada
segundo. Sem essa harmonia energética o planeta entraria no caos.
O fogo, o ar, a terra
e a água são os elementos primordiais que, combinados, dão origem a tudo que
nossos corpos físicos sentem, assim como também são constituintes destes
corpos.
Orixá não é
divindade, pois na Umbanda cremos num único Deus. Orixá é potência de luz
emanada de Deus, O Criador.
Ordinariamente
entendemos a manifestação do Orixá, através das forças da natureza, é o máximo
que conseguimos, pois em sua essência verdadeira é pura luz. E como entender
isso? É como querer entender e explicar Deus, tarefa impossível a qualquer um
de nós.
Na realidade o que a
Umbanda fez foi “organizar” as manifestações divinas, em uma linguagem que
pudéssemos compreender.
Pensemos a princípios
nos Sete Orixás Básicos que se manifestam em nível de terreiro, ou seja, de
incorporação: Oxosse, Ogum, Xangô, Omulu, Oxum, Iemanjá e Iansã.
A manifestação, em
nível de terreiro, de cada um se dá através de espíritos enviados de cada uma
destas forças. Importante ressaltar que na Umbanda não incorporamos o Orixá,
mas sim os seus enviados ou representantes, que são espíritos que já encarnaram
e que tem cada um o seu próprio karma, história, característica missionária,
evolutiva, de personalidade etc.
Temos a tendência de
acreditar ou pensar que cada Orixá é o reino ao qual está associado, entretanto
Orixá é muito mais do que isso, é o amor de Deus espalhado e ao mesmo tempo
condensado em 7 raios básicos, destinados ao planeta Terra, que objetivam, ao
chegarem aqui, traduzidos pelos diversos sub-planos que passaram, nos auxiliar
no nosso karma, e que se manifestam através das forças e reinos da natureza. O
Orixá está na natureza, mas não é apenas a natureza. Enfim... É mais uma benção
de Deus.
Cada Orixá tem função
específica e até as que são antagônicas se harmonizam frente as nossas
necessidades, por Graça do Criador.
Para uma melhor compreensão
nesta que está parecendo uma viagem ao mundo dos Orixás, vamos falar sobre as
funções e especialidades de cada um ao nível de terra.
O Orixá Oxossi
corresponde a nossa necessidade de saúde, nutrição, expansão, energia vital,
equilíbrio fisiológico.
O Orixá Ogum
corresponde a nossa necessidade de energia, defesa, prontidão para ação,
determinação, tenacidade.
O Orixá Xangô
corresponde a nossa necessidade de discernimento, justiça, estudo, raciocínio
concreto e metódico.
O Orixá Obaluaê/Omulu
corresponde a nossa necessidade de compreensão de karma, de regeneração, de
evolução, transformações e transmutações kármicas.
A Orixá Oxum
corresponde a nossa necessidade de equilíbrio emocional, concórdia, amor,
complacência e reprodutiva.
A Orixá Iemanjá
corresponde a nossa necessidade familiar, estrutural de amor fraternal e filial
e bens materiais.
A Orixá Iansã
corresponde a nossa necessidade de mudança, deslocamentos, transformações
materiais, avanços tecnológicos e intelectivos.
Tudo isso estando
equilibrado nos torna pessoas melhores e facilita a nossa passagem na Terra,
por isso falei em benção de Deus, e também e manifestações básicas e harmônicas
dos Orixás apesar de algumas manifestações serem antagônicas, mas no fundo
complementares.
Os 7 Orixás básicos
ao se combinarem formam outros Orixás os quais chamamos de desdobramentos do
Orixá ou Orixás que foram combinados, mas mesmo assim ainda não são estes que
se manifestam em nível de terreiro, mas sim os seus enviados.
O único Orixá na
Umbanda que não tem desdobramentos é a Orixá Iansã, pois as suas combinações
são tão rápidas que não criam reinos, mas apenas manifestações rápidas desta
conjugação, não chegando a formar ou fixar-se durante muito tempo a ponto de
formar um novo Orixá. Além do mais, outro motivo para isto e o próprio elemento
por Ela representado: o Ar. O Ar não se desdobra, não se fixa, mas mistura-se
aos demais, entretanto sem mudar a sua essência. O Ar em movimento é o vento
que causa mudanças rápidas e essas mudanças são a própria Orixá.
Quando os Orixás se
combinam, se unem e se conjugam temos os diferentes desdobramentos que são
manifestados através do encontro de um reino com outro, ou manifestações de
força da natureza, que em terreiro também recebem nomes diferentes.
Harmonia, Equilíbrio,
Energia... Isso é Orixá na Umbanda!
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