Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Hoje é Dia de Iemanjá na Umbanda - Dia 15 de Agosto - Dia de Nossa Senhora da Glória


 

Historia de Nossa Senhora da Glória


A festa de Nossa Senhora da Glória é a mesma festa litúrgica da Assunção de Nossa Senhora, em que a Igreja celebra a glorificação de Maria coroada como rainha do céu e da terra. Por isso, Nossa Senhora da Glória é representada com uma coroa na cabeça, um cetro na mão e o Menino Jesus nos braços.

A devoção a Nossa Senhora da Glória chegou ao Brasil em 1503, trazida pelos primeiros colonos portugueses que aqui chegaram e construíram a primeira igreja a ela dedicada em Porto Seguro, na Bahia. Nossa Senhora da Glória é festejada em 15 de agosto.

Maria aparece pela ultima vez nos escritos do Novo Testamento no primeiro capítulo nos Atos dos Apóstolos: ela está no meio dos apóstolos, em oração no cenáculo, aguardando a descida do Espírito Santo. Esta celebração foi decretada no Oriente no séc. VII com um decreto do imperador bizantino Maurício. No mesmo século a festa da Dormitio (significa passagem para outra vida) foi introduzida também em Roma por um papa oriental, Sérgio I. Mas passou-se um século antes que o termo Dormítio cedesse o lugar àquele mais explícito de Assunção.

A definição dogmática, pronunciada por Pio XII em 1950, declarando que Maria não precisou aguardar como as outras criaturas, o fim dos tempos, para obter a ressurreição corpória, quiseram pôr em evidência o caráter único da sua santificação pessoal, pois o pecado nunca ofuscou, nem por um instante, o brilho de sua alma. A união definitiva, espiritual e corporal do homem com Cristo glorioso, é a fase final e eterna da redenção. Assim os santos, que já tem a visão beatífica, estão se certo modo aguardando a plenitude final da redenção, que em Maria já havia acontecido com a singular graça da preservação do pecado.

Jesus e Maria estão realmente associados na dor e no amor para espiarem a culpa dos nossos progenitores. Maria é, portanto não só a Mãe do Redentor, mas também a sua cooperadora, a ele intimamente unida na luta e na decisiva vitória. Essa íntima união requer que também Maria triunfe como Jesus, não somente sobre o pecado, mas também sobre a morte, os dois inimigos do gênero humano. Como a redenção de Cristo tem a sua conclusão com a ressurreição do corpo, também a vitória de Maria sobre o pecado, com a Imaculada Conceição, devia ser completa com a vitória sobre a morte mediante a glorificação do corpo, com a Assunção, pois a plenitude da salvação cristã é na participação do corpo na glória celeste.

· Sincretismo da Nossa Senhora da Glória: Iemanjá

· Devoção da Nossa Senhora da Glória: Ela é gloriosamente recebida no céu, após sua dormição, tornando-se Rainha do céu e da terra.

· Data Comemorativa: 15 de Agosto.
                                    

ORAÇÃO

Ó Virgem Bem aventurada, louvada e querida de todos os Santos, rogai por mim, pecador, ao vosso precioso Filho.

Estrela dos Anjos, formosura dos Arcanjos e dos Santos Patriarcas, Santíssima Coroa dos Mártires e das Virgens, ajudai-me, Senhora, naquela verdadeira hora da minha morte para que possa ter ingresso minha alma em vossa preciosa morada.

Ó Bem-aventurada protetora dos Cristãos. Virgem Santíssima, nas vossas mãos, antes do sono eu entrego extenuado de fadiga, minha alma e que vosso santo Filho me ampare com sua Santa Glória.

Livrai-me, Mãe Santíssima, de meus inimigos, que eles tenham olhos e não me vejam.

Livrai-me da morte inesperada para que eu possa morrer em tua Glória.
Mãe Misericordiosa tem piedade de nós.

Amém.


Dia de Iemanjá na Umbanda

Vida é existência! Como somos seres espirituais, a vida é uma das vias de evolução do espírito, que é eterno - imortal. A Mãe da Vida - criativa e geradora - é a Divindade Iemanjá, criada e gerada pelo Divino Criador, Olorum, para ser um princípio doador e amparador da vida. Ela atua com intensidade na geração dos seres, das criaturas e das espécies. As características marcantes da Divina Mãe Iemanjá são o amor maternal, a criatividade e a geração. Ela simboliza o amparo, a maternidade que envolve os seres, amparando-os e encaminhando-os diligentemente, protegendo-os até que tenham seus conscienciais despertados, estando aptos a se guiar. A criatividade de Mãe Iemanjá torna os seres, criaturas e espécies capazes de se adaptarem às condições e meios mais adversos. geração irradia essa qualidade a tudo e a todos, concedendo-lhes a condição de se fundirem, para se multiplicar e se repetir. Iemanjá é a amada Mãe da Vida, pois gera vida em si mesma e sustenta o nascimento. Ela é a água que vivifica os sentimentos e umidifica os seres, tornando-os fecundos na criatividade (vida). Ela rege o mar, que é um santuário natural, um altar aberto a todos. Por isso, é chamada "Rainha do Mar", para onde tudo é levado, para ser purificado e depois devolvido. Água é vida. Somos regidos pelas águas, pois tanto o nosso corpo como o nosso planeta são constituídos predominantemente por água. A energia salina das Sete Águas Divinas de Mãe Iemanjá cura enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes e irradia energias purificadoras para o nosso organismo. O mar é alimentador da vida e irradiador de energias que purificam o planeta e o mantém imantado.Vida é espiritualidade e espiritualização e, portanto, imortalidade. A carne é apenas um meio para evoluirmos. A vida é a vivência das virtudes do espírito, na luz.

Iemanjá, nossa Mãe, Rainha do Mar, Senhora da Coroa estrelada, é a Orixá Maior doadora da vida e dona do ponto de força da natureza, o Mar, santuário aberto, onde tudo é levado para ser purificado e depois devolvido. Ela foi gerada na qualidade criativa e geradora do Criador Olorum e é a criatividade e a geração em si mesma. Iemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente dita. Iemanjá é a água que nos dá a vida, como uma força divina. O Planeta Terra é na verdade, o planeta água, porque se constitui de três quartos de água. Quando não há água, não há vida, e sem vida nada existe. Iemanjá, a Guardiã do Ponto de Força da Natureza, o Mar, é a Orixá que tem um dos maiores santuários. As pessoas que vivem onde há muita água são mais emotivas. Quem vive à beira-mar absorve uma irradiação marinha muito forte. Isso o torna mais saudável, menos suscetível a doenças do que quem vive distante do mar. A irradiação marinha, assim como a das matas, é purificadora do nosso organismo. Do mar saem irradiações energéticas salinas que purificam o planeta e energias magnéticas que imantam o globo terrestre, ou o mantém imantado. O mar é um santuário, um altar aberto a todos e regido por nossa mãe Iemanjá, a Rainha do Mar, onde tudo é levado para ser purificado e depois devolvido.  Iemanjá, nossa mãe geradora, a mãe da vida, é em si mesma a qualidade criativa e geradora de Olorum. Ela não é uma deusa, mas é um princípio criativo, doador da vida, que gera a criatividade e a irradia de forma neutra a tudo que vive, dando-lhes a apacidade de se adaptar às condições e meios mais adversos à vida. Também  gera e irradia a qualidade genésica,concedendo a tudo e a todos a condição de se fundir com coisas ou seres afins para multiplicar-se e repetir-se.

A energia salina cura enfermidades do espírito, queima larvas astrais resistentes, irradia energias purificadoras para o nosso organismo. O mar é o melhor irradiador de energias cristalinas; suas águas são condutores naturais de energias elementais, que são concretizações puras de energia. O mar é alimentador da vida. Esta é uma ação permanente. O homem não pode alterá-la e ela não depende do homem para existir ou atuar. É um princípio divino e, como tal, age sobre tudo e todos. À beira-mar, sobre o mar e dentro do mar existe um plano etéreo da vida que é habitado por muito mais seres que na face da terra. A vida ali, atinge a casa das dezenas de bilhões de seres regidos pelo “principio” Iemanjá. O ponto de força do mar, e sua Guardiã, não querem ser vistos apenas como objetos para adoração mística. Querem não ser profanados por aqueles que trazem todos os vícios humanos em seu íntimo. Essas pessoas maculam o mar com aquilo que têm de pior. Por isso o mar é tão fechado em seus mistérios maiores, revelando apenas seus mistérios menores e, assim mesmo, parcialmente. É uma forma de defesa de seus princípios sagrados. Iemanjá é a Mãe da vida e como tudo o que existe só existe porque foi gerado, então, ela está na geração de tudo o que existe. Ela atua na geração dos seres, das criaturas e das espécies. O amor maternal é uma característica marcante dessa divindade, mas, se Iemanjá é uma mãe ciumenta dos seus filhos, também é uma mãe que não perdoa o erro daqueles que vão até seu ponto de força na natureza, os mares para fazer o mal. Olhem para o mar e começarão a descobrir os mistérios da Natureza. Descobrindo o seu encanto e magia, irão conhecer o outro lado da vida. Ao mar, alimentador da vida, se dirigem milhares de espíritos após o desencarne, à procura de paz. Lá encontram um campo vasto para viver em Paz. Simbolicamente, Mãe Iemanjá é representada com a estrela do mar, que é a estrela da geração (vida).

Fonte: Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista Lurdes de Campos Vieira (Coord.) – Madras Ed.



Oração

‘Doce, meiga e querida Mãe Iemanjá. Vós permitiste que no seio de vossa morada se formassem as primitivas formas de vida, que foram o berço de toda a criação, de toda a natureza e de toda a humanidade, aceitai nossas preces de reconhecimento e amor.

Que os lampejos que emanam de vosso diáfano manto de estrelas venham, como benéficas vibrações espirituais, aliviar os males, curar aos doentes, apaziguar os nossos irmãos revoltados, consolar os corações aflitos. Que as flores e oferendas que depositamos em vosso tapete sagrado, sejam por vós aceitas e quando entrarmos nas águas para vos ofertá-las sejam as ondas do mar portadoras de vossos fluídos divinos. Fazei, Senhora Rainha das Águas, com que a espuma das ondas em sua alvura imaculada traga-nos a presença de Oxalá, limpe os nossos corações de todas as maldades e malquerenças.
Que os nossos corpos, tocados por vossas águas sagradas, libertem-se em cada onda que passa, de todos os males materiais e espirituais.

Que a primeira onda a nos tocar afaste de nossas mentes todos os eventuais desejos de vingança; que a segunda lave nossos corações e nosso espírito, para que não nos atinjam as infâmias e malquerença de nossos desafetos; que a terceira onda afaste a vaidade de nossos corações; que a quarta lave nosso corpo de todos os males e doenças físicas para que, sadios, possamos prosseguir; que a quinta onda afaste de nossa mente a ganância e a cobiça; que a sexta onda venha carregada de flores e que nosso maior desejo seja o de cultivar o amor fraternal que deve existir entre todos os homens; e que ao passar a sétima onda, nós , puros e limpos de mente, corpo e alma, possamos ver, ainda que apenas por alguns segundos, o esplendor de vossa radiosa imagem. É o que humildemente vos suplicam os filhos de Umbanda.

...e que Assim Seja!


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