Fé Racional

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

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A Umbanda não é responsável pelos absurdos praticados em seu nome, assim como Jesus Cristo não é responsável pelos absurdos que foram e que são praticados em Seu nome e em nome de seu Evangelho. Caboclo Índio Tupinambá.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A História do Velho Meji

“Quando a alma queima de amor e

o ser eleva-se além das estrelas;

Quando o espírito liberta-se da ilusão

e os olhos contemplam a Unidade;

Quando o eu desaparece no

turbilhão do divino;

Finalmente o toque da Luz...”


Era tarde, o céu já estava tingindo com a cor que antecede o anoitecer. O Sol, tímido, escondia-se na linha do hori­zon­te. A tudo eu contemplava, pensan­do no milagre da natureza. Logo chega­ria a noite e a luz das estrelas beijaria a face da terra. Romance que acontece des­de o prelúdio dos tempos e que inspira os amantes com sua beleza. Sim, aqueles olhos terrenos tão cansados, mas que no meio das tristezas, aprendeu a ver a verdade do milagre...
 De repente uma pontada no peito. Coração de nêgo já não era forte para a matéria, estava cansado de trabalhar. Mas para o espírito, era ele a grande riqueza. Lá estavam as cicatrizes que nos fazem co­rajosos como o jasmim. Os tesouros do amor e da amizade, as belezas da vida. Coração, tão maltratado pela humani­dade. Coração, altar da imortalidade...
A vida passa rápido. Naquele instan­te, como um raio que corta o firmamen­to. Toda ela, dançando a frente dos meus olhos. Senti saudade dos sorrisos. Das lágrimas o calor. E assim, entre o choro e a alegria, o espírito desabrochou...
 O corpo tombou, sedento por voltar a terra... O espírito voou, como um pássaro celeste... Homens e mulheres choraram a ilusão da morte... Mas a natureza, essa cantou a melodia da vida...
 Minha alma tocava o céu em êxtase. A existência descortinava-se para mim, pois agora o grilhão do corpo estava rompido. E a morte, o mergulho do corpo em direção a Mãe Terra, estava longe. Na consciência tudo vive...
 E eu vivia! A chama da vida ardia em meu peito espiritual como nunca. E nes­se contentamento, nessa bem-aventurança incrível, dancei. Dancei e rodei como tantas vezes fiz. A sagrada dança dos Orixás, gestos que simbolizam as forças da Criação...
 E tanto dancei, que me esqueci do velho negro Meji. Esqueci de tudo inclusi­ve. Simplesmente esqueci...
 E nesse esquecimento alguém disse:
 “Aquele que busca a Luz, que morra mesmo depois de morrer...”
 E foi ali, perdido no vazio, esquecido, que a gota de orvalho finalmente voltou ao oceano.
 Ah, o Orun! A terra querida dos Orixás... Tanto busquei Iansã nos raios, mas neles encontrei apenas o seu olhar... Oxalá nas nuvens, mas nelas apenas o seu semblante... Iemanjá em cada gota d’ água, e o que encontrei foi uma pequena pérola de seu colar...
 Finalmente, na morte depois da morte, a eles eu realmente me devotei. Girando em volta do axé plantado no meu coração. Dançando de frente para o verdadeiro congá. Apenas aqui eu realmente os encontrei. Aqui eles sempre estiveram. O coração é o maior ilê, o maior dos congás. Não existe mistério maior que esse. Não pode existir. Mas, mesmo que você saiba disso, só morrendo para entender...
 - “Meji, quem é você? Um negro escravo? Um velho sacerdote? _ a voz da Existência lhe perguntou.
 - Meji? Sacerdote? Negro? Não. Essa não é a verdadeira natureza do EU...
 - Mas então QUEM É VOCÊ?”
 E nada mais se sabe a respeito do velho Meji. A lenda conta que sua boca não respondeu, mas sua alma inflamou e ele queimou de amor. Morreu novamen­te. Foi, enfim, viver a realidade de Oxalá, seu querido Pai. No seio do grande babá, finalmente se encontrou...
 Essa história ainda pode ser ouvida quando as estrelas surgem no céu. Dizem que o velho Meji é uma delas, brilhando serena no firmamento. Iluminando e velando os terreiros. É hoje uma das muitas jóias que ornam o Ori do velho e querido papai Oxalá...
 Êpa Babá!
 
Pai Antônio de Aruanda em 15/02/07 -Mensagem recebida por Fernando Sepe

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Obras Básicas - Pentateuco do Espiritismo

O Livro dos Espíritos - Contendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade – segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec. O Livro dos Médiuns - Contendo os ensinamentos dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo. Em continuação de "O Livro dos Espíritos" por Allan Kardec. O Evangelho segundo o Espiritismo - Com a explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida por Allan Kardec. Fé inabalável só é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Fé raciocinada é o caminho para se entender e vivenciar o Cristo. O Céu e o Inferno - Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjos e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte por Allan Kardec. "Por mim mesmo juro - disse o Senhor Deus - que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva". (EZEQUIEL, 33:11). A Gênese - Os milagres e a predições segundo o Espiritismo por Allan Kardec. Na Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a sua grandeza e seu poder pela imutabilidade das suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.
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