A figura de Jesus de Nazaré ainda hoje é motivo de muita polêmica. Para muitos, Ele não passou de uma lenda.
Existem, contudo, vários testemunhos sobre a Sua vida, fora das páginas do Novo Testamento.
O mais antigo de todos remonta aos anos 93/94 e se encontra nas antiguidades judaicas, de autoria de um judeu de nome Flávio Josefo.
No ano 112 o procônsul da Bitínia, Plínio, o moço, dirigiu uma carta ao imperador romano Trajano onde menciona Jesus.
Depois dele, em 115, um seu quase contemporâneo de nome Tácito, falou a respeito desse homem invulgar, conhecido em Sua aldeia onde morava e trabalhava como Joshua Bar Josef, seu nome em hebraico.
Também O descreveu Suetônio, mais ou menos no ano 120, na obra Vida de Cláudio, bem como o Talmude judeu, com narrações dos rabinos.
No entanto, Ele foi biografado pelos quatro evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João.
Dizem-nos eles que Jesus exerceu o mesmo ofício de Seu pai, o de carpinteiro. Era costume judaico que o homem dedicado a trabalhos intelectuais tivesse um modo de sobrevivência.
Jesus não Se casou. Todo o Seu amor foi canalizado para a Sua missão.
Tinha para com as mulheres um sentimento extremamente delicado, tratando-as como irmãs. Naturalmente, elas retribuem, Lhe oferecendo sua amizade e O acompanham.
É Madalena, da cidade de Magdala; Verônica, curada de hemorragia crônica; Salomé, a mãe de dois dos Seus discípulos; Maria, Sua mãe; Marta e Maria, irmãs de Lázaro; Joana, a esposa do intendente de Cusa.
Sua natureza elevada, a ternura do Seu coração Ele a extravasou em doçura infinita, em poesia.
Humildade, perdão, caridade, abnegação, justiça pregou em Seus ensinos através de axiomas como: Aquele que se humilha, será exaltado; o que se exalta será humilhado.
Perdoai e sereis perdoados.
Amai os vossos inimigos. Fazei o bem aos que vos odeiam. Orai pelos que vos perseguem.
A sequência dos Seus princípios era um culto puro, sem práticas exteriores, baseado nos sentimentos do coração.
Sede perfeitos como vosso Pai é perfeito, é o convite que faz a todos os homens.
Em toda a História da Humanidade, houve homens que escreveram excelentes máximas. Houve também homens virtuosos mas que nada fizeram para que a virtude tivesse continuidade no mundo.
Por isso mesmo, Jesus é inigualável. Ele falou e agiu, apresentando Sua doutrina em palavras e obras.
Todos os exércitos que já desfilaram por este mundo, todos os navios que já atravessaram os mares, todos os reis e rainhas que já reinaram, todos juntos não influíram tão fortemente na vida humana como O fez Jesus, esse personagem imortal.
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Nosso tempo é contado a partir da data do nascimento de Jesus.
Ele é o personagem histórico sobre o qual mais se escreveram livros, compuseram músicas e pintaram quadros.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 5 do
livro Vida de Jesus, de Ernest Renan, ed. Martin Claret.
Em 09.12.2009.
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